cultura material contemporânea e arte 
 contemporary material culture and art 

 

 João Ferro Martins 
 Algo está podre, 2009 

 

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Esta série de desenhos marcada essencialmente pela intervenção gestual, quase aleatória, traduz também uma certa dimensão do caos humano, da nossa própria existência.
Estas marcas, riscos e formas pretendem atingir, através do esgotar do comportamento esteticamente calculado, o mesmo grau de crueza da figura por eles submersa.

 

 Instantâneos, 2006 

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Do ponto de vista fotográfico e uma vez que a fotografia é uma actividade indissociável do discurso sobre memória, este trabalho apresenta-se, nessa mesma discussão, como a memória perdida, a imagem destruída, inacessível.
Em algumas das fotografias é possível ainda ver-se os restos da imagem que retivera; um pouco à semelhança do que acontece com os fragmentos mentais que acumulamos e que lentamente se vão tornando confusos.
De um determinado ponto de vista, estes retalhos de papel que guardamos com partes da nossa vivência, não são mais do que a lembrança de que todos os outros momentos que circundam essa imagem estão perdidos para sempre adensando assim a consciência do tempo. Mas isso é precisamente o que pensamos estar a combater com estes registos.
Estes outros momentos, os que nunca ficaram registados vão a pouco e pouco, na nossa mente, transformando-se numa massa disforme e tornam-se simulacros, distorcidos e em última análise, abstractos como a pintura.

O instante que demoramos a capturar uma imagem assemelha-se ao instante que demoramos a perder uma memória.

 

João Ferro Martins nasceu em Santarém em 1979, formou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha.
O seu trabalho abre discussões sobre significado e significante, propondo um universo de relações mais ou menos obtusas cuja soma se traduz num universo paradoxal. Desde a construção ao uso de objectos quotidianos, o puro formalismo ou um simbolismo exacerbado, cria uma atmosfera desconfortável em que não há respostas nem perguntas.
O trabalho revela-se de forma pura e rigorosa mesmo quando enuncia o caos e a destruição.
Vive e trabalha em Lisboa.

 

 Lisa Oppenheim 
 O Sol Está Sempre a Pôr-se Noutro Sítio..., 2006 

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uma versão digital de uma projecção de diapositivos 35mm

Para este slide show, eu descarreguei e imprimi imagens de pôr-do-sol tiradas por soldados em missão no Iraque, e colocadas em sites de partilha de fotografias do género do Flicker. De seguida organizei sequencialmente estas imagens de acordo com a posição do sol na relação com o horizonte e segurei cada uma delas sobrepondo-as a cada momento ao sol em New York. Fotografei este gesto ao longo de um inteiro pôr-do-sol de modo a examinar como certos clichés de ordem visual funcionam de modo a deslocar representações de violencia.

Lisa Oppenheim

 

 

 António Contador 
 6=0, 2009 -     . 

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6 discos de vinil 45 rotacões de Simon & Garfunkel "The Sound of Silence". Edições originais provenientes de várias partes do mundo. Envelopes, fita adesiva, selos e carimbos dos correios de várias partes do mundo.

«Os discos foram comprados no ebay e nunca foram retirados dos seus envelopes originais e nunca o serão. A cada envelope acresenta-se outro por cada nova viagem dos discos: da minha casa para o sítio de exposição, de um sítio de exposição para outro. O carimbo dos correios atesta da proveniência, do destino e da data da viagem. À chegada, a data é anotada e uma fotografia de cada envelope é tirada para ser mostrada na exposição seguinte. À medida que os discos vão sendo mostrados vão-se amontoando os envelopes, os selos, os carimbos e as fotos dos “6=0” anteriores.»


And no one dared to disturb the sound of silence

António Contador toma como ponto de partida a icónica canção The Sound of Silence, da dupla Simon & Garfunkel, para a criação do seu novo projecto 6=0, uma obra em que conteúdo, contentor (entendido no sentido daquilo que contém) e contexto se fundem e geram complexas articulações de significados e possibilidades de leitura.
Se por um lado Contador parece aludir à famosa obra de Joseph Kosuth One and Three Chairs (1965), por outro, ao transmutar a linguagem verbal numa fórmula aritmética, transforma a lógica conceptual analítica num postulado com raízes em Badiou (pensador chave na formação teórica de Contador) e no seu sabido uso da matemática na explanação de postulados filosóficos.
O título da obra, 6=0, cria uma série de intricadas propostas auto-referenciais. A evidente tautologia, manifesta na criação de um jogo de significados, em que o silêncio cantado (The Sound of Silence) se torna silêncio real através do gesto criador, que condena esta canção a uma ausência de som forçada, já que os discos que contêm a música estão para sempre encerrados dentro dos seus envelopes. Para além disso, Contador viola o senso comum ao criar um enunciado que ignora a aritmética elementar e inaugura uma nova ordem de pensamento matematicamente incorrecto: tal como é possível que uma e três cadeiras de Kosuth sejam uma só (apresentando três versões possíveis do mesmo objecto), os seis discos de António Contador igualam a zero; Curiosamente, os próprios compositores hesitaram em chamar à musica The Sound ou The Sounds of Silence, parecendo não saber bem se o silêncio emitia um ou vários sons. Seja como for, o som ou os sons do silêncio equivalem sempre a zero, já que o silêncio não é audível, ou não existe, tal como constantemente nos recorda John Cage.
Contudo o artista não se move no campo da citação ou do uso de referências eruditas de elementos culturais de um passado próximo, práticas tão caras à criação artística dos dias que correm. Contador cria um dispositivo original, autónomo e ligeiro que, como sempre no seu trabalho, relaciona pensamento teórico, cultura popular, vivências concretas e uma visão irónica muito própria com enorme leveza.
Deste modo o artista cria um espaço alternativo e suspenso que associa questões filosóficas (tautologia, o um e o múltiplo, a associação palavra/conteúdo), ao poder da música popular (esta canção foi composta na sequência do assassinato de J.F. Kennedy, numa tentativa de lidar com o trauma americano causado por este evento), dos seus cultos (o modo como o formato em vinil tem sido alvo de um enorme revivalismo nos anos recentes) e da forma como se operam as trocas comerciais quotidianas (por correio, através da compra na internet, fazendo quase pensar a um regresso da mail art dos Dadaistas e Fluxus sujeita à realidade post-capitalista).
6=0 oferece, na sua simplicidade e austeridade formal, um sem fim de leituras e de interpretações. Exactamente porque é uma obra não impositiva, ou, forçando um pouco o jogo de palavras, silenciosa.
People hearing without listening / People writting songs that voices never share / And no one dared / Disturb the sound of silence...

Filipa Ramos

+ info : http://antoniocontador.net/index.php?/60/

 

 Nils Petter Löfstedt 
 Club 13 

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Nils Petter acaba de terminar o seu primeiro livro, Club 13, publicado pela Pierre Von Kleist Editions.
O livro terá o seu lançamento no dia 15 de Janeiro com a inauguração de uma exposição na galeria Makeriet em Malmö, Sweden. Numa edição de 300 cópias assinadas com uma edição especial de 30 livros acompanhados de uma prova assinada. Club 13 ié o primeiro livro de Nils Petter.



 The Pier 

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Sob um pontão quebra-mar algures em Malmö, Nils Petter Löfstedt e Erik Vestman criaram uma sala. Talvez já tenha caminhado sobre ele e concerteza não terá nunca adivinhado, que sob a pedra e o betão existe uma sala de estar com paredes brancas e pavimento de madeira.
A sala sob o pontão teve já centenas de visitantes desde que foi construída.
The Pier será o segundo livro de Nils Petter e virá a ser publicado pela reconhecida editora de livros de fotografia sueca Journal.

Nils Petter Löfstedt, 29, trabalha como fotógrafo em Malmö, Sweden, tendo trabalhado como assistente de JH Engström e com o fotógrafo documental Jean Hermanson.
Na capa do livro Club 13 pode ver-se o resultado da técnica que tem vindo a ser usada por Nils Petter e um conjunto de amigos, que coloca a fotografia directamente na rua. Esta espécie de pavimento em pedra tem vindo a ser vistas um pouco por toda a cidade de Malmö e recentemente apareceram, tendo sido objecto de reportagem, na televisão sueca.

http://petterlofstedt.se
http://pierrevonkleist.com

 

 Miguel Bonneville 
 Performance imagens e desenhos 

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Miguel Bonneville desenvolve a sua actividade atravessando diferentes áreas artísticas, sendo recorrente a abordagem da matéria autobiográfica. No campo da performance, este é um dos traços distintivos do seu trabalho. Desde logo, porque esta não é uma prática tão visível em Portugal, particularmente por parte de homens.
Num tempo de proliferação e saturação das imagens, o Miguel convoca um repositório imagético ancorado na sua biografia, onde cabem a família e os familiares, a infância e o crescimento, a aprendizagem e os modelos sociais e culturais. A operação que aplica sobre tudo isto conduz-nos a objectos artísticos que sistematicamente destroem e reconstroem a sua experiência pessoal, interrogando os mecanismos em redor da identidade.

Enquanto fruidor das suas propostas, sou levado a pensar numa estratégia de recusa do esquecimento, pelo resgate incessante da memória que o Miguel pratica. Este acto de não alienação da história pessoal, remete-me para uma assunção do privado enquanto político, não pela exposição pública do que é supostamente privado, mas porque nos formamos no encontro com o outro, podendo-se até inferir um sentido de responsabilização nesse acto de intervirmos na história do outro.

O trabalho do Miguel não é da ordem do documentário, ainda que recorra a elementos como fotos e entrevistas, a par de múltiplos objectos que se constituem enquanto ressonâncias das suas sucessivas metamorfoses e possibilidades de identidades. A presença do Miguel em palco é frequentemente desconcertante, jogando num plano de ambiguidade entre uma suposta realidade do momento e a sua encenação, entre a espontaneidade do performer e uma calculada persona ou personagem. O encontro do espectador com o engendramento das identidades do Miguel mais concretiza o eixo da construção, ampliando-o e envolvendo-nos num jogo especular em que somos interpelados a ficcionar um Miguel. Ele resistirá sempre a sê-lo; os seus trabalhos propõem-se enquanto fragmentos que não visam uma completude.
A incursão sistemática na história pessoal enquanto matéria para a criação não faz dos trabalhos de Miguel Bonneville uma torre inexpugnável. Ao contrário, estamos perante um mundo acessível, intimista e não intimidativo, onde cabem atmosferas delirantes e sedutoras.

Francisco Camacho, 2009

Miguel Bonneville concluiu o Curso de Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo, o Curso de Artes Visuais pela Fundação Calouste Gulbenkian e o curso ‘Autobiografias, Histórias de Vida e Vidas de Artista' pelo CIES-ISCTE.
Colaborou com artistas como Francisco Camacho, Carlota Lagido, Rogério Nuno Costa, teatro Praga, La Ribot e participou em vários workshops nos campos de Dança Contemporânea, Vídeo, Escrita Criativa e Artes Visuais.

Bonneville apresenta performances, instalações e vídeos em galerias de arte e festivais internacionais, sobretudo os projectos 'Family Project' e 'Miguel Bonneville’ e é representado pela Galeria 3+1 Arte Contemporânea.
Integra vários projectos musicais, focados no género da música electrónica. Em 2006 iniciou o seu projecto a solo: BlackBambi.

 

 The Dotmasters 
 programa plaster'series I 

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Jul 10 - Nov 28

Apresentamos um novo programa de curadoria, plaster'series program, especialmente dirigido a artistas que trabalham directamente sobre a superfície da parede.
Este é um novo programa que iníciamos com a intenção no sentido de melhor promover os artistas que vêem trabalhando fundamentalmente com o stencil, e nesse sentido a nossa principal motivação ao iniciarmos este programa, resulta também do reconhecimento e admiração pelas formas mais avançadas de "street art".

Promovendo mais consistentemente o trabalho dos artistas que trabalham com este medium, ao trazer o seu trabalho "para fora" da rua, e assim entendida também como uma nova estratégia para o universo da arte e mais especificamente para o próprio mercado da arte.

Ainda que Leon tenha usado um ou outro nome ao longo dos últimos dez anos, de algum modo ele tem sido sempre conhecido por c6.
Tem vindo a espalhar trabalhos, um anedotário as mais das vezes disparatado e os mais variados eventos no espaço público, nos últimos doze anos, sob vários nomes tais como sejam c6, Media Whores e mais recentemente como The Dotmasters.

A sua obsessão com stencils começou em 1997 com o State of the Nation, uma galeria de rua em Minneapolis, um conjunto de trabalhos a serem mostrados quer na galeria quer na rua, mas fundamentalmente para serem descobertos com a ajuda de um mapa de livre distribuição.
Durante os anos seguintes e assinando c6, criou um grande tumulto na zona de Shoreditch e Soho, em London, com a campanha de stencils New Media New Arse, que veio a ser objecto de reportagem pela BBC e aparece no primeiro livro de Tristan Manco, Stencil Art.

Desde esses primeiras missões culturais a bombar, o seu trabalho tem vindo a focar-se em stencils para locais específicos tais como "on the fly" em que carruagens de metro foram cobertas por stencils de moscas à medida que circulavam ao longo da linha "central" em 2004. Mais recentemente enquanto The Dotmasters, os locais passaram a ser as fachadas de galerias de arte por todo o mundo ferindo de humor as sensibilidades do mundo da arte e as noções de vandalismo. Galerias improvisadas a proliferar ora em locais emprestados ora ocupados teem visto uma mistura de tinta de spray, musica, tecnologia a um sem número de objectos efémeros e obviamente intoxicantes.
O seu trabalho é produzido sempre com um desrespeito irreverente pelo medium e aspira a uma perversa confrontaçãao.
"Não há um lugar certo para a arte. É frequentemente mais válido na tua rua do que o é num "cubo branco". NÃO há uma subcultura SÓ subversão".

The Dotmasters são assim a última encarnação dos c6, autores também de Man in a Box e Toogle, para além de New Media New Arse. Ao vivo e literalmente a bombar desde 1997, c6 invadiu quer a rua quer a web num verdadeiro assalto. The Dotmasters pode assim dizer-se são o braço armado, de stencil, de c6, com exposições que vão desde o The Cans Festival, promovido por Banksy, Cabaret Voltaire, passando pela organização das sucessivas edições do festival Nuart, em Stavanger, Norway. Para a recente exposição Urban Art Showcase, apresentaram os seus novos trabalhos A Load of Rubbish sobre papel e outros trabalhos impressos. E enquanto originadores do mais recente projecto Street Art Dealer, foi iniciado em Bristol em Julho, um conjunto de instalações, intervenções, eventos e jogos urbanos que combinam arte com tecnologia QR Code [ códigos de barras 2D que codificam informação, tais como weblinks, nomeadamente para serem descodificados por telemóveis ] continuam o seu trabalho de trazer a arte para a rua acrescentando uma nova dinâmica interactiva à arte pública.

Street Art Dealer teve assim o lançamento da versão de teste do ambiente de sistema, através do qual obras de arte podem ser adquiridas a partir de um qiualquer local através de um telemovel usando um conjunto de caracteres QR. Um código QR é um código matricial [ ou código de barras bi-dimensional ]. Muitas das câmaras em telefones moveis trazem já estes leitores de códigos de barras e há um sem número de software de terceiros fornecedores que poderá vir a ser instalado numa grande variedade de moveis e PDA's que usam uma grande variedade de sistemas operativos. Street Art Dealer será uma muito simples e rápida ferramenta de vendas movel.

Street Art Dealer a full street trial planned in the Bristol wide area.


Apresentamos o trabalho de The Dotmasters, que deu início ao programa plaster'series e que assim continua instalado no Museu Nacional de Historia Natural, em Lisboa.

 

Museu Nacional de Historia Natural
Rua da Escola Politecnica 58
1250-102 Lisboa

Terça a Sexta 10-17 horas
Sabado Domingo 11-18 horas

 

 Jonathan Lewis 
 WalmArt, The Pixles e Designer Labels 

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Jonathan Lewis é conhecido sobretudo pelas suas abstrações de linhas verticais impressas produzidas a partir dos papeis de embrulho das mais variadas guloseimas, que por exemplo foram capa e apresentados pela revista Blindspot. De acordo com as suas próprias palavras " esta serie foi inspirada por uma caixa de doces See (Candy) que recebi de presente. Digitalizei 47 papeis de embrulho de diferentes doces para o computador e copiei uma linha constituída pelas várias cores de cada um dos papeis. Estas cores foram depois repetidas verticalmente de modo a criar um padrão de barras abstrato. De tal modo que isto pode ser visto como uma forma extrema de colagem fotográfica, relacionada com consumismo, subnutrição física e espiritual, publicidade, pornografia, alta-tecnologia, códigos de barras, pop, mas sobretudo acerca da beleza que nos rodeia". Tendo presente também que "eye candy" significa também qualquer coisa que é agradável aos olhos mas necessita pouca análise intelectual. E de tal modo, que a partir do título da serie e do respectivo contexto, de acordo com cada um dos diferentes padrões de côr, muito provavelmente qualquer um poderá facilmente fazer a associação de cada uma das abstrações apresentadas, com a respectiva marca de guloseimas.
O que ocorre de um modo muito semelhante com a serie The Pixles, que importa notar não é uma gralha tipográfica, a partir das capas dos albums dos The Beatles e que estamos em crêr que operará de um modo idêntico em termos de reconhecimento, enquanto que nas outras duas series aqui apresentadas, WalmArt e Designers Labels, Lewis volta-se para o universo das grandes superfícies europeias fotografando o seu interior, bem como os exteriores de lojas de moda das grandes marcas em London, com uma câmara de baixa resolução.
Através do uso do Photoshop, suplementarmente torna as composições ainda mais abstratas pixelando as imagens resultantes para além de qualquer reconhecimento. E é interessante como apesar disso continuam distintamente a ser lidos como espaços de consumo, resultado que notoriamente enfatiza um padrão de colocação de produto.

Joanathan Lewis detém um Certificate in Professional Photographic Practice, do London College of Printing e um BA Hons History of Art, Robinson College, da Cambridge University, UK.
Tendo sido artista em residência na Visual Studies Workshop in Rochester, NY, Lewis vive actualmente em London.
Exposições recentes incluem Jack presents Sala do Veado, Museu Nacional de Historia Natural, Lisboa, Stretching the Truth, no John Michael Kohler Arts Center, Sheboygan, WI, e o Deutsche Bank em London.
Coleccionado e mostrado internacionalmente, o trabalho de Jonathan Lewis está representado em numerosas colecções em todo o mundo, nomeadamente na do Bank of America collection, New York, NY, e do George Eastman House, International Museum of Photography and Film, Rochester, NY, e na BESart colecção Banco Espírito Santo, Lisboa.

 

excerto do texto de Sabrina DeTurk, Points and Pixels: Looking at Neo-Impressionism and Digital Art, " An exception can be found in the work of Jonathan Lewis, whose Composition in Red, Yellow, and Blue (Mondrian) reveals its subject at the level of the pixel – the point of digital imagery..."
“Points and Pixels: Looking at Neo-Impressionism and Digital Art,” exh. cat. Neo-Impressionism: Artists on the Edge, Ed. Fronia Simpson (Portland, ME: Portland Museum of Art, 2002) 67-81.

 

 Jack presents 
 Sala do Veado 

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Jul 10 - Ago 9, 2009

Jack presents A Kills B, Alexandre Estrela, André Princípe, António Júlio Duarte, Carlos Lobo, Dan Perjovschi, The Dotmasters, Hin Chua, Joao Felino, Joao Simoes e Jonathan Lewis, numa exposição de grupo na Sala do Veado, Museu Nacional de Historia Natural

horário :
Terça a Sexta 10 - 17 horas
Sabado e Domingo 11 - 18 horas

Sala do Veado
Museu Nacional de Historia Natural
Rua da Escola Politécnica 56 - 58
Lisboa, Portugal

 

 Hin Chua 
 They called me a corporate whore, 2006 - 2008 

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"A dinâmica do capitalismo é o adiamento da satisfação para o futuro constantemente adiado " - Norman O. Brown

"Este conjunto de imagens foram feitas quando eu estava a trabalhar num grande banco de investimento na City de London, durante o ponto mais alto do boom financeiro pré-crise. Nessa altura, eu fui sendo muito regularmente atormentado por um não facil sentido de entretenimento perante algumas das situações com as quais me fui deparando, de tal modo que quase o simples facto de ir fazendo fotografias, fosse a mais logica explicação que justificasse a minha presença nesse mesmo ambiente." - Hin Chua



 After the Fall, 2007 -     . 

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Temos tambem o prazer de apresentar um segundo slideshow com imagens da sua muito aclamada serie After the Fall.

Nascido em Kuala Lumpur, Malaysia, antes de ter emigrado para a Australia, Hin Chua pegou pela primeira vez numa câmera fotográfica há uns anos atrás, na tentativa de esquecer uma rapariga.
Terá funcionado e parece que as coisas começaram a progredir a partir daí.

As suas coisas preferidas na vida, incluem o quarteto de John Coltrane de meados dos anos 60, os filmes de Akira Kurosawa e chocolate quente espanhol.

Actualmente vive e trabalha em London e é um dos vencedores do Magenta Flash Forward Emerging Photographer em 2009.

 

 Alexandre Estrela 
 Merda, 2006 

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Alexandre Estrela, Merda; photo-book, preto e sepia; 19,5x13,5cm; 162 páginas; ed. 500; 2006

esgotado

Desde o final da década de 70, a palavra Merda aparece exaustivamente escrita ao longo das paredes do contínuo de edifícios da Estrada de Benfica. Este muito peculiar grafitti, numa consistência e rigor formal impressionantes, emerge como marca territorial, existencial, 20 em 20 metros, num trajecto que se imagina muitas vezes percorrido a pé.
Este desabafo constante e invariável, escrito numa má caligrafia e num tom presente, encontra-se longe da carga política das palavras de ordem e dos apelos ao voto do passado; longe da depuração formal narcísica dos tags do presente. Merda emerge atemporal de uma forma metódica serial, em sintonia com a monotonia do bairro para onde foi projectada.

Ao percorrer o trilho do autor, ainda desconhecido, recolhendo / fotografando as 160 marcas da sua passagem, Alexandre Estrela foi retratando automaticamente Benfica. Na mira do Merda o bairro desenrola-se a um ritmo cinzento num permanente déjà-vu.
O livro Merda resulta desta recolha exaustiva, é um livroque se centra unica e exclusivamente na palavra merda relegando Benfica para um plano anódino. Visto como um flip-book, ou seja a uma velocidade de leitura média de 12 páginas por segundo, a palavra merda, meticulosamente centrada na página, lê-se animada e vibrante, suspensa numa paisagem periférica.

Alexandre Estrela, artista, vive e trabalha em Lisboa. Estrela é um artista conceptual que trabalha principalmente em video. No seu trabalho Estrela segue uma pesquisa movida pelo acaso, que descreve como "feliz coincídência". Paralelamente ao seu trabalho como artista é o director e programador de Oporto em Lisboa. O seu trabalho tem vindo a ser apresentado em varios museus e galerias: Inércia, Meetfactory, Putting fear in its place, Chiado 8, Stargate, Museu do Chiado – MNAC, Radiação solar e forças cósmicas, Galeria Graça Brandão; Shooting for a second I ZDB. Exposições de grupo incluem: Disarming Matter, Dunkers Kulturhus, Helsingborg (curadoria de Chris Sharp) Ficção e Realidade: Ida e Volta, Centro de Arte Moderna, Lisboa (curadoria de Christine Van Assche); À propôs des lieux d'origine, MUDAM, Luxemburg (curadoria de Marie-Claude Beaud), Squatters, Witte de With, Rotterdam (curadoria de Bartomeu Mari).

http://alexandreestrela.com
http://oportolisboa.blogspot.com
http://marz.biz

 

 Carlos Lobo 
 the sonic booms 



A série the sonic booms é, entre outras leituras possíveis, uma homenagem ao universo rock n’roll e à chamada “rebeldia” adolescente. A ligação entre a música e as artes plásticas foi sempre uma relação próxima, lembro-me por exemplo dos The Velvet Underground e Andy Warhol ou do filme Sympathy for the Devil de Jean Luc Godard sobre a gravação do homónimo pelos Rolling Stones.

Uma outra faceta abordada nesta série é como a música esteve sempre presente e, em muitos casos, foi o meio privilegiado de contestação e revolta (os acontecimentos de Maio de 68, por exemplo) e também vários movimentos de protesto anti-guerra (os Beatles, entre muitos outros, com o tema “Revolution” ), daí a presença de imagens dos Black Phanters, da Primavera de Praga, do Maio de 68, entre outras. É assumidamente uma série mais livre em termos formais e conceptuais, uma "private revolution" no meu trabalho.

Carlos Lobo (Fevereiro, 2009)

“I smell burning and I see a change comin’ ‘round the bend.
And I suggest to you that it takes just five seconds, just five seconds of decision
To realise that the time is right to start thinkin’ about… A little…
Revolution!”

“Revolution”
Spacemen 3

 

 António Júlio Duarte 
 Arena #1-Antes do Combate 



Dizem os historiadores existirem vestígios arqueológicos que enunciam lutas com as mãos ainda anteriormente às civilizações grega e romana. Porém, a aproximação ao boxe, tal como o conhecemos hoje, tem lugar apenas no século XIX (1867), onde se determina o uso de luvas e limita o número de assaltos. A fim de tornar a modalidade mais competitiva e equilibrada introduzem-se, mais tarde, diferentes escalões, consoante o peso do pugilista.
Este projecto de António Júlio Duarte - Arena #1-Antes do Combate - inscreve-se no "corpus" de trabalho que o autor vem realizando de "acontecimentos ou actividades que têm uma visibilidade restrita" e pretendem ser "ilustrações" de conceitos básicos mais abstractos, tais como a violência e o sexo.
O conjunto de imagens que constituem esta série, participa de diversos paradigmas da fotografia. Desde logo o retrato, que habita a generalidade da série, deixa-nos adivinhar um caminho relacional entre fotógrafo e fotografado. Desloca-se pois, do estilo de reportagem, na qual não existe uma penetração/permissão de entrada nos bastidores e que pode revelar a existência de uma possível aura. Ao confrontar-se com estas imagens, o espectador posiciona-se do lado oculto do fotógrafo e pode, não sé experimentar as sensações do fotógrafo, como questionar-se sobre o personagem representado. O olhar, quase desafiador de alguns, a postura altiva de outros, ou ainda a sensação de fragilidade nuns tantos, conferem um quadro fortemente emocional. A forma como o autor recorre ao uso do flash confere, igualmente, um fio condutor dentro do grupo de fotografias.
Torna-se igualmente curioso observar a tipologia dos roupões que cada pugilista enverga a caminho da arena onde terá, dentro de minutos, lugar o combate. Naquilo que possa ser a ambiguidade e opacidade da imagem fotográfica o autor sonega-nos o óbvio: a violência e as suas consequências são-nos retiradas. E faz sentido. Hoje, num mundo pejado de imagens cruéis, faz muito mais sentido que assim seja. Sentimos que o autor penetrou num ambiente marginal, com os seus códigos, mas deixa o espectador na fronteira.
Finalmente, uma imagem assaz curiosa é a do relógio. A sua presença remete para o tempo. O tempo fotográfico que é escasso. O tempo do combate que pode sentir-se longo. O relógio marca 9.00 horas. Da manhã quando possa ter ocorrido um treino? Ou da noite quando precede um combate? Mais uma vez fica a interrogação.
Este conjunto de fotografias, pleno de metáforas, constitui uma excelente visão de um campo parcelar da sociedade presente, onde o autor, um dos mais consistentes da actualidade, tem desenvolvido um consolidado trabalho.

Rui Prata, Outubro de 2008
Director do Museu da Imagem de Braga

[continua]

 

 Edgar Martins 
 Topologias 



Palco para o confronto com o quotidiano, Topologias chama a nossa atenção para a fluidez universal, o carácter provisório das fronteiras, a permeabilidade do espaço.
Este é o cenário da deslocação espácio-temporal.
Em Topologias, o artista move-se numa paisagem de incerteza, numa paisagem cultural de fluxo, transição e oposição permanentes.
Conquanto enformados por um sentido de intencionalidade, os espaços são marginais, fragmentados e dispersos.
No peso delicado destas paisagens, a percepção humana parece situar-se num registo diverso.
Dir-se-ia que tudo exprime a contingência, que o espaço e o tempo se preparam para fervilhar e desvanecer-se.
Nestas imagens o espaço não pode ser essencializado enquanto forma absoluta. Ele é fluido, relacional, migratório; exige uma concepção mais heterogénea.
Das sociedades rurais às sociedades urbanas, das economias locais às economias nacionais, dos sistemas em rede internacionais aos sistemas em rede globais, as relações sociais e intelectuais de uma dada entidade espacial estão intrinsecamente dependentes do modo como as pessoas que a habitam vivem e interagem com o seu meio envolvente.
Topologias avalia o modo como diversos espaços se viram obrigados a conformar-se a ideais cada vez mais urbanos e artísticos, adoptando os códigos e a linguagem da cidade.

O meu trabalho parece por vezes interrogar-se sobre se o espaço como entidade não escapará à percepção do indivíduo; se a nossa experiência do lugar como um todo não se terá tornado um forum incipiente de expressão e experiências disruptivas; se o movimento de informação e de pessoas e a mercantilização de formas culturais não delinearão um corpo único de fluxo e falsa consciência.

Noutras alturas, contudo, ele alvitra tão-somente que não somos já meros transeuntes. Topologias é uma jornada de reconhecimento: enquanto objectos do nosso entendimento, a cidade e, num sentido mais amplo, o espaço, estão em mutação, sendo por esse motivo necessário encontrar uma nova linguagem crítica que os sustente e um novo sistema de conhecimento do qual provenha o nosso glossário da vida.

Há nesta obra uma ambivalência permanente entre o fracasso poético e a promessa de êxito.

[continua]

 

 Dan Perjovschi 
 editado por Joao Felino 


Dan Perjovschi (Romenia, 1961), vive e trabalha em Bucareste e transformou o desenho enquanto medium, no sentido do seu uso para a criação de um objecto, uma performance e uma instalação. Ao longo da ultima decada, Perjovschi tem vindo a fazer os seus desenhos expontanea e directamente nos espaços dos museus permitindo que quer assuntos locais quer assuntos do mundo globalizado informem o resultado final. Tal como aconteceu no ano passado, no MoMA, para a sua primeira exposição individual num museu nos Estados Unidos. O artista desenhou um grande conjunto de imagens, com um caracter politico muito incisivo, mas tambem ironico, em resposta directa aos acontecimentos mais recentes, na parede do átrio Donald B. e catherine C. Marron. Assim, duas semanas antes da inauguração oficial, a partir do dia 19 de Abril, Perjovschi começou a desenhar com um simples marcador na parede, durante as horas de abertura ao público, permitindo que os visitantes pudessem observar a criação do trabalho. O projecto é acompanhado de um panfleto criado pelo artista, "Projects 85: Dan Perjovschi".

Dan Perjovschi Official Website. 

 

 André Príncipe 
 Smell of Tiger precedes Tiger 

Razan perguntou a Ganto,
"E se as coisas aparecessem e desaparecessem sem cessar?"
Ganto censurando-o diz-lhe,
"Quem aparece e desaparece?"

Shoyoroku (O Livro da Serenidade, C. Ts'ung-jung lu), compilado no séc.12

Lisboa, Maio 2008

André Príncipe (Porto, 1976) estudou Psicologia (Universidade do Porto), Fotografia (Faxx Akademie, Holanda) e Cinema, (Escola Superior de Teatro e Cinema, Lisboa, 1998-2001) e fez Curso de Realização Avançada da Fundação Calouste Gulbenkian / London Film School, 2005.
Tem dividido a sua produção entre Fotografia e Cinema. Expôs no Encontros de Imagem de Braga, CPF, Galeria Fernando Santos e Silo e o seu trabalho tem sido publicado em revistas como a Dayfour, Exit, etc. Foi duas vezes nomeado para o Deutsche Borse Photography. Publicou o seu primeiro livro Tunnels, na editora Booth-Clibborn edtions. È fundador da editora de livros de fotografia, Pierre von Kleist Editions.

 

 Joao Felino 
 Blindness. 1994-    . 

BlindNess, corte X-acto e papel A4 e fita adesiva no verso sobre pagina impressa offset, dimensões variaveis de acordo com o formato da revista, 1994-    .

 

 NICE, 2005. 

NICE, diferentes materiais e dimensões variaveis de acordo com diferentes meios e o local, 2005.

 

  Frente a Frente, 1989. 

Frente a Frente, dois monitores de televisão e respectivos cabos de ligação e disjunção a uma antena, dois suportes metalicos rodados travados, mistura de som directo respectivamente de cada um dos monitores, dimensões variaveis, 1989. Vista da exposição no Atrio de acesso da Escola Secundaria Amato Lusitano, Castelo Branco, 2005.


Joao Felino ocupa neste momento, as funcões de director da /galeria, e ainda autor e responsavel pelo comissariado de propostas da galeria de cartazes mapA1. Na web outros trabalhos podem ser vistos na Rhizome ArtBase, Artists Space, Anamnese e White Columns.
+ info http://joaofelino.com

 

 apresentação à imprensa > 26 de fevereiro 15.00h 
 inauguração > sábado 26 de fevereiro 18.00h 

 abertura ao público > 28 de fevereiro 
 encerramento > 18 de março 

 

 3, 2005 de Joao Simoes 
 

DV sistema NTSC num sistema de leitura DV PAL, projecção video-souvenir com dimensões e duração variaveis.

Não se pergunta «o que é a arte?», mas antes «o que é que faz a arte?». Quais as coisas, as matérias, entenda-se, que fazem com que a arte seja arte. Não é uma pergunta pelas coisas, mas pelas coisas que fazem a arte. Não é sequer uma pergunta pelo critério (o juízo que faz com que isto seja arte e aquilo não). Porque não se trata de uma pergunta pelo depois (aquilo que vai decidir o que é arte), mas uma pergunta pelo antes (aquilo com que se faz a arte). E o mais interessante nestes trabalhos de Simões é mostrar-nos que, sejam quais forem as definições que se tenha acerca da arte, ela começa sempre com um inimigo. Digo inimigo e não dificuldade, porque se pode viver bem com mais ou menos dificuldades, mas não se pode viver bem com um inimigo. E a arte começa com este não viver bem, com um inimigo.

Paulo José Miranda in 'Da Matéria, Três trabalhos de João Simões', 2004.

O vídeo de João Simões traz à luz erros tecnológicos que de outro modo seriam invisíveis e ao fazê-lo força os limites do vídeo enquanto medium. Fá-lo em busca dos momentos em que a máquina diz algo de imprevisto, em que ela se sai com algum dito inadequado. As imagens de João Simões são muitas vezes de tecnologia sob coacção: vozes aprisionadas em circuitos que não querem falar mas subitamente têm de o fazer. Trata-se de algo que o artista partilha com os grandes inovadores da video art dos primeiros tempos: gente como Peter Campus, Steina e Woody Vasulka ou o Gary Hill do início. A obra de João Simões é, todavia, mais simples na sua atitude, mais próxima do espírito de Marcel Duchamp, para quem uma mudança de contexto era tudo.

Julian Myers in 'Joao Simoes' NTSC 2002', 2004

 

 View Source, 2004 / em progresso 
 pagina do código de index.html 

Comissariado de obras baseadas em texto, inseridas no codigo da pagina www.00351.org

Joao Simoes é, neste momento, artista em residência no ISCP-New York City.
Bolsa Fundação Calouste Gulbenkian/Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento.
info sobre Joao Simoes por favor visite http://00351.org

 apresentação à imprensa > 22 de janeiro 15.00h 
 inauguração > sábado 22 de janeiro 18.00h 

 abertura ao público > 24 de janeiro 
 encerramento > 18 de fevereiro 

 

 Francisco Tropa 
 

 apresentação à imprensa > 11 de dezembro 15.00h 
 inauguração > sábado 11 de dezembro 18.00h 

 abertura ao público > 13 de dezembro 
 encerramento > 21 de janeiro 

 

 Pedro Cabral Santo 
 

Nos últimos 10 anos tem desenvolvido em paralelo a actividade de artista plástico e comissariado de exposições donde se destacam Faltam Nove para 2000 (1991), X-Rated/Autores em Movimento(1998) O império contra-ataca (co-comissariado)em Lisboa e Barcelona(1998) e Espaço 1999 (1999, co-organizador). Foi também fundador do projecto artístico Autores em Movimento (Greenhouse/Jetlag/X-Rated), do Projecto featuring (Unlovable). No plano musical foi membro fundador do projecto IK-MUX. Actualmente na área da música coordena o projecto PROJECTO fusível, música experimental de fusão.

Outros trabalhos podem ser vistos na web em Anamnese

 apresentação à imprensa > 06 de novembro 15.00h 
 inauguração > sábado 06 de novembro 18.00h 

 abertura ao público > 08 de novembro 
 encerramento > 03 de dezembro

 

 Ricardo Brito 
 Feedback, 2004 

Ilha; composto orgânico, plastico e Mapa das Beiras dim 92x69cm; 2004.

Aluno finalista do curso de artes plásticas da ESAD, Caldas da Raínha, apresenta aqui a sua primeira mostra de trabalhos individual, “Feedback“, em resposta a um convite de João Felino com o apoio de João Simões.

Simulacro; Esferografica sobre o pavimento, dim variaveis, 2004.

 

 apresentação à imprensa > 09 de outubro 15.00h 
 inauguração > sábado 09 de outubro 18.00h 

 abertura ao público > 11 de outubro 
 encerramento > 05 de novembro 

 

 Robert Barry  
 Durante a exposição a galeria estará encerrada, 1969.
 

Joao Simoes
n-ae, non-authorized exhibitions, 2003

O projecto “non-authorized exhibitions” da autoria de Joao Simoes, foi apresentado pela primeira vez no “jack a not for profit contemporary art space”, em Lisboa, em julho de 2002. inicialmente com uma exposição não-autorizada de Tom Friedman, e de seguida com a exposição de Robert Barry. Só que nenhuma delas é nem de Robert Barry, nem de Tom Friedman.
As n-ae são exposições não-autorizadas de um determinado artista. As suas obras são remontadas, reconstruídas e expostas sem o seu conhecimento.

“Quero apenas mostrar as suas obras.
São cópias? Claro que são cópias, mas ao expor uma obra de 1969, de Robert Barry intitulada “during the ehxibition the gallery will be closed”, ao fechar a galeria por 15 dias estou a fazer uma copia ou estou a expor Barry? Simplesmente não sei. Talvez no caso de Friedman seja mais facil dizer que são copias, mas quando olhas para a cópia estás perante uma obra de arte de Friedman. Tudo depende do público, que além de ter que decidir sobre a obra de arte, tem também que decidir se está a ver uma obra de Friedman, ou se acha aquilo tudo um disparate.
Penso que a verdadeira escolha é feita de depois de saberes que é uma cópia: não é se vejo uma cópia ou não, mas sim se vejo Tom Friedman ou não. Isto para a n-ae de Tom Friedman. A n-ae de Robert Barry apresentou uma obra de 1969, “during the ehxibition the gallery will be closed/durante a exposição a galeria estará encerrada”. Fechei a galeria durante 15 dias. Sem inauguração.”

in não autorizada, Ana Pinto entrevista Joao Simoes, DIF, no3, Lisboa, Novembro 2002.

http://00351.org/nae.html

 

 apresentação à imprensa > 06 de agosto 15.00h 
 (inauguração > sábado 06 de agosto 18.00h) 

 (abertura ao público > 08 de agosto) 
 encerramento > 10 de setembro 

 

 Susana Anágua 
 Esferas, 2004. 

Apresentação de um conjunto de três obras de Susana Anágua. Artista que desenvolve o seu campo de investigação na poética dos fenómenos físicos, do equilíbrio e das atracções da matéria inerte mineral, onde o espectador é convidado a experienciar uma projecção estética do infinito, através do congelamento eterno do movimento.

O trabalho com materiais nobres como o metal, herança da escultura como a maioria a conhece, com outros menos previsíveis e palpáveis como o electromagnetismo ou o gelo, projectam o universo de Susana Anágua para uma espiritualidade formal pouco convencional, só possível no campo artístico.

Cujo traço comum, e prova mais evidente de uma investigação essencialmente material e da percepção, definindo assim uma inequivoca linha de continuidade, e que se traduzem aqui na presença recorrente da forma esférica.

 

 apresentação à imprensa > 08 de julho 15.00h 
 inauguração > sábado 08 de julho 18.00h 

 abertura ao público > 08 de julho 
 encerramento > 07 de agosto 

 

 Alvin Lucier 
 I am sitting in a room, 1969. 

I am sitting in a room different from the one you are in now. I am recording the sound of my speaking voice and I am going to play it back into the room again and again until the resonant frequencies of the room reinforce themselves so that any semblance of my speech, with perhaps the exception of rhythm, is destryed. What you will ear, then, are the natural resonant frequencies of the room articulated by speech. I regard this activity not so much as a demonstration of a physical fact, but, more as a way to smooth out any irregularities my speech might have.”

E é assim que o performer age de modo a levar a cabo esta tarefa.
Ouvimos 32 repetições deste mesmo texto, e a cada nova repetição as sílabas arrastam-se progressivamente e progressivamente vão fazendo maior ressonância. De tal modo que no final já não conseguimos distinguir onde uma palavra acaba e outra começa; o texto é completamente inintelígivel.
I am sitting in a room, aparentemente não precisaria de mais nenhuma explicação. Porque começa desde logo por afirmar, em lingua inglesa corrente, aquilo que se irá verificar e porquê – uma noção radical para a época (1969), e que veio a influenciar toda uma escola e actividade de criação de composição, sonora e musical, nomeadamente nos USA e Inglaterra.
Usando dois gravadores de fita magn~etica, um microfone e uma coluna de som, o autor recicla o texto gravado numa sala. As propriedades acusticas do espaço transformam assim o discurso.
(...)
in Alvin Lucier, I am sitting in a room, para voz e fita magnética, audio, Lovely Music, 1990.

 

 apresentação à imprensa > 05 de junho 15.00h 
 inauguração > sábado 05 de junho 18.00h 

 abertura ao público > 07 de junho 
 encerramento > 03 de julho 

 

 André Maranha 
 Antena, 1993 

 

 apresentação à imprensa > 08 de maio 15.00h 
 inauguração > sábado 08 de maio 18.00h 

 abertura ao público > 10 de maio 
 encerramento > 03 de julho 

 + info ou img é favor contactar 
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 horario 
 segunda a sabado > 14.00-20.00h 
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